Humano, Demasiado Humano, de Friedrich Wilhelm Nietzsche (O de bigodes fartos, testa larga e pensamentos amplos)
Não apenas pela novidade
da forma aforística, que não era lá tão nova assim, Humano, Demasiado Humano é um marco, não só no pensamento de Nietzsche, mas na própria filosofia. Escrever com estilo e concisão, de modo soberano e soberbo, sobre assuntos delicados, nobres, inextrincáveis, amparados numa tradição de comentários seculares longuíssimos, escritos numa linguagem dura, formal, só é dado a quem possui domínio da língua, da expressão e do pensamento. Nietzsche deu com essa obra um recado claro aos filósofos: ao escreverem, não maltratem a língua mãe. E, sobretudo, não escondam com a capa do ideal, a origem humana de todos os valores. Nessa obra ele fez coincidir a arte da escrita com o exercício do pensamento

Obra Poética, de Fernando Pessoa
(O que bebia tragos à beira-Tejo)
(O que bebia tragos à beira-Tejo)

“A MINHA ALMA partiu-se como um vaso vazio...
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso”
(Apontamentos. Álvaro de Campos)
Cuentos, de Júlio Cortázar
(O de braços longuíssimos e olhos mortos).
Quem já foi surpreendido na sala de casa pelo personagem de um conto com um punhal prestes a desferir o golpe fatal? É precisamente isso que os (O de braços longuíssimos e olhos mortos).

Weber, UEL, Londrina.