Confira a videografia do evento 'Como Chama isso? Nomear é dar forma ao Mundo' no canal do youtube:




Humano, Demasiado Humano, de Friedrich Wilhelm Nietzsche (O de bigodes fartos, testa larga e pensamentos amplos)
Não apenas pela novidade da forma aforística, que não era lá tão nova assim, Humano, Demasiado Humano é um marco, não só no pensamento de Nietzsche, mas na própria filosofia. Escrever com estilo e concisão, de modo soberano e soberbo, sobre assuntos delicados, nobres, inextrincáveis, amparados numa tradição de comentários seculares longuíssimos, escritos numa linguagem dura, formal, só é dado a quem possui domínio da língua, da expressão e do pensamento. Nietzsche deu com essa obra um recado claro aos filósofos: ao escreverem, não maltratem a língua mãe. E, sobretudo, não escondam com a capa do ideal, a origem humana de todos os valores. Nessa obra ele fez coincidir a arte da escrita com o exercício do pensamento
Obra Poética, de Fernando Pessoa
(O que bebia tragos à beira-Tejo)
Plural, polifônica, a obra poética de Fernando Pessoa ainda continua sendo o grande desafio poético lançado pelo século XX. Não apenas pela multiplicidade das vozes. Também pela maestria no verbo. No estóico Alberto Caeiro, no desiludido Barão de Teive, no ígneo Álvaro de Campos, e em tantos outros, topa-se com o desafio da multiplicidade: não apenas dos outros, do mundo, mas de si próprio. Quantos ínfimos mundos e eus carregamos conosco... Quase sempre sem saber. Quem ainda se surpreenderá por se reconhecer filantrópico, egoísta, preconceituoso, amoroso, livre, escravo, covarde, corajoso, estúpido e modelo para o mundo? E tudo isso pode se dar no mesmo ente num lapso de 24 horas. Ou em bem menos.
“A MINHA ALMA partiu-se como um vaso vazio...
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso”
(Apontamentos. Álvaro de Campos)

Cuentos, de Júlio Cortázar
(O de braços longuíssimos e olhos mortos).
Quem já foi surpreendido na sala de casa pelo personagem de um conto com um punhal prestes a desferir o golpe fatal? É precisamente isso que os contos de Cortázar proporcionam: surpresa, página a página. Se o contista, como o próprio Cortázar o definiu, assemelha-se a um pugilista que vence a luta por nocaute, difícil será retirar-lhe o cinturão. Duas páginas lhe são suficientes para criar mundos e colapsos. Cortázar foi “admirador” de Edgar Allan Poe, cuja obra completa traduziu para o espanhol. Ele teve gatos. Um deles, talvez ficcional, chamado Osíris, ensinou-lhe a respeitar a distância soberana que esses animais altivos impõem aos humanos em certas horas do dia, e os seus contos trazem essa carga de mistério e soberania, exigindo uma presença não afoita, cuidadosa, à espreita, enfim, felina. O motivo? Nunca se sabe quem é a presa.

Weber, UEL, Londrina.
Em 1795 aparecia ao público, pela primeira vez, o texto do Marquês de Sade nomeado 'A filosofia na alcova'. Este romance filosófico - diga-se de passagem, um gênero literário fartamente empregado pelos filósofos do século XVIII - criava uma perspectiva, muito particular, de avaliação do conhecimento.
Para julgar a nocividade ou os benefícios de um dado saber era preciso submetê-lo ao crivo do corpo. Não de um corpo qualquer - afinal, em Sade, o corpo se impõe, irremediavelmente, ao sujeito como presença única, íntima e incognoscível - mas, do teu corpo, ou seja, disto que a cada um pertence e que, em muitos momentos, se nos apresenta como nosso inimigo moral!
É deste universo incômodo que trata o romance sadeano e pode-se, desta forma, melhor compreender porque o autor tem um apreço, todo particular, pelas estruturas narrativas que permitem fragmentar o eu.

Gabriel Giannattasio, UEL, Londrina.
O Tractatus logico-philosophicus, de 1922, é a única obra publicada por Wittgenstein em vida e é o resultado de suas indagações acerca dos limites da linguagem significativa. O livro é composto de um conjunto numerado de sete aforismos com comentários e esclarecimentos, também devidamente numerados e trata, a despeito de seu número reduzido de páginas, de uma vasta quantidade de temas: estrutura da linguagem e da realidade, lógica, ética, estética e o místico, além de discutir o estatuto da filosofia. É uma das mais importantes obras filosóficas do século XX e também uma das mais enigmáticas e de difícil compreensão, talvez porque, como afirma o próprio autor no prefácio, o livro só possa ser entendido por aqueles que de alguma maneira já tenham pensado sobre o que nele vem expresso. O último aforismo do livro afirma que “daquilo de que não se pode falar, deve-se calar” e, coerente com sua própria recomendação, Wittgenstein abandona a filosofia nesse momento.

Em 1929, depois de “reconhecer graves erros” em sua primeira obra, Wittgenstein volta a Cambridge e o resultado de suas novas pesquisas encontra-se no livro Investigações Filosóficas, que só foi publicado postumamente, em 1953. Nesse livro, Wittgenstein critica vários aspectos da concepção de linguagem e significado que havia defendido no Tractatus logico-philosophicus, em especial a noção de que o significado é dependente da relação das palavras com os objetos que referem. Nas Investigações Wittgenstein afirma que a significação deve ser buscada no uso que se faz das palavras e, como apoio para sua nova concepção, lança os conceitos de jogos de linguagem, formas de vida e semelhança de família. Também nesta obra Wittgenstein não segue a forma comum de um tratado de filosofia, pois o livro é composto de parágrafos numerados, que nem sempre tem um encadeamento argumentativo muito claro e não conta com capítulos ou divisões que indiquem os diferentes temas tratados.

Mirian Donat, UEL, Londrina.

Não foi nenhum dos contos deste livro que me capturou para a literatura borgeana, mas um outro em algum outro livro do qual não me recordo o título. Esse conto conta a história de um garoto branco, gaúcho, raptado por indígenas e criado como tal. Um dia, ele retorna ao antigo povoado em que nasceu para, junto de seus companheiros de armas, saquear e barbarizar o lugar. De repente, lembra-se de uma pequena faca que escondera num local qualquer quando ainda era uma criança branca. Fulminado pela lembrança, dá um tremendo urro. O conto acaba aí, lançando uma interrogação sobre o tempo, a identidade e a memória.
Desde então Jorge Luis Borges me atormenta com seus paradoxos, sua erudição e seu senso de realidade que nada prova, mas que torna a ficção mais provável que inúmeros fatos históricos. Ficções tem esse mérito: por exemplo, conter um personagem como Funes, o memorioso, mais real que muitas teorias sobre a memória – das quais algumas derivam justamente desta ficção

Rogério Ivano, UEL, Londrina.

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO: Como chama isso? Nomear é dar forma ao mundo

PROGRAMAÇÃO

05/05/2009

20:00 (Cine Teatro Universitário Ouro Verde UEL)

"Wittgenstein!", peça de teatro com Jairo Arco e Flexa*

06/05/2009

(Centro de Letras e Ciências Humanas - CLCH/UEL)

8 às 23 (Banheiros do CCH/Anfiteatro) - Palavras peladas, almas penadas

8 às 23 (Sala 112 do CCH) - Teoria na alcova: corpos celebrados

9 às 10.30 (Sala de Eventos do CCH) - Des-Persona

10.30 às 12 (Corredor do CCH/Anfiteatro) - Varal de Zines

19.30 às 22.30 (Anfiteatro Maior do CCH) - Mesa Redonda - Conhecimento e linguagem: pensando a forma

07/05/2009

(Centro de Letras e Ciências Humanas - CLCH/UEL)

8 às 23 (Banheiros do CCH/Anfiteatro) - Palavras peladas, almas penadas

8 às 23 (Sala 112 do CCH) - Teoria na alcova: corpos celebrados

9 às 10 (Sala de Eventos) - Subjetividade e Singularidade: fragmentos filosóficos e poéticos

10 às 10.30 (Sala de Eventos) - Narrar: uma viagem alternativa

10.30 às 12 (Corredores do CCH) - Além do que se vê

19.30 às 21.30 (Anfiteatro Maior do CCH) - Palestra: Nomear é dar forma ao mundo, Viviane Mosè

21.30 às 22.30 - Lançamento de Livros

* Ingresso da peça para os 100 primeiros inscritos

Inscrições e informações no departamento de História - 3371 4398

Estudantes: $20,00; profissionais: $30,00.

REALIZAÇÃO

Gabriel Giannattasio, Cesar Augusto de Carvalho, José Fernandes Weber, Rogério Ivano, Mirian Donat,

Janete El Haouli, Grupo Sade (Sara Vicelli de Carvalho, Juliana Aparecida Arruda Lima, Taís Souza Neves, Letícia Fernochi), Monalisa Chicarelli, Maria Siqueira Santos, Fábio M. Bueno,

Ronie Péterson Leite da Silva, José Osvaldo Henrique Correa, Paulo Roberto Ferreira e Ana Paula Grequi,

NERO — Núcleo de Estudos do Romantismo, GAES – Grupo de Apoio ao Ensino de Sociologia, Grupo de Pesquisa Máscaras do Trágico, Grupo de Pesquisa Epistemologias e Metodologias da História.

PATROCÍNIO

Especialização em História

Especialização em Filosofia Moderna e Contemporânea

Wittgenstein! A peça de teatro com Jairo Arco e Flexa

05/05/2009

20:00 (Cine Teatro Universitário Ouro Verde UEL)

"Wittgenstein!", peça de teatro com Jairo Arco e Flexa*

* Ingresso da peça para os 100 primeiros inscritos


INSCRIÇÕES

Inscrições e informações no departamento de História - UEL -

(43) 3371 4398

Estudantes: $20,00; profissionais: $30,00.

http://www.blogger.com/comochamaisso@gmail.com


* Ingresso da peça para os 100 primeiros inscritos


Intervenção: Narrar: uma viagem alternativa

O cruzamento de diferentes linguagens narrativas – música, poesia, teatro, cinema e vídeo – sobre um mesmo assunto, no caso, a contracultura dos anos 80, permite tecer um tapete de significações que extrapolam a compreensão intelectual, sem aboli-la.

Assim, a performance promove uma troca entre o espectador e o texto narrado. Aos sentidos construídos pelo narrador, surgem novos significados nascidos da experiência vivenciada do espectador. Narrar, neste contexto, é trilhar diferentes caminhos sem sair do lugar.

Intervenção: Além do que se vê

A acelerada modernização do espaço tende a criar zonas inóspitas, e nós, cotidianamente podemos notar a sua presença em nossos caminhos, ele é comum na vida do homem moderno, que está sempre processando transformações e alterações. Esse espaço segregado, abandonado, se apresenta como uma forma vazia e, ocasionou um novo conteúdo de espaço social.

Dentro desse conceito, o espaço expressa-se como instância da sociedade, e como tal, interage num conjunto de instâncias dialeticamente. Pretendemos que o espaço seja muito mais um evento que um elemento físico. Definindo-se como uma multiplicidade de caracterizações que interagem pela palavra com a forma. É como se o espaço inóspito tivesse um corpo falido, nosso objetivo é dar-lhe alma, para com isso reavivá-lo. A interação através da palavra é a essência dessa transformação do espaço, é seu movimento dialético que o define como sistema.

Essa capacidade de transformação e reconceitualização de um espaço justificam a localização como algo dinâmico.

Pretendemos renovar o "espaço-morto", transformando-o em lugar de manifestação e intervenção do sujeito como artista social. O espaço parece possuir diversas facetas: a da prosperidade e a do declínio, ultrapassado e estagnado, ou simplesmente esquecido por ser considerado espaço de baixa representação ou transmissões de ações. Costumamos ver, mas não observar esses espaços devido ao seu caráter de mortificação. A instalação de uma obra, sua exposição e a ação do expectador, dá-lhes vida através de projeções de expressões em movimento, criando uma noção de humanização do não humano. As palavras transmitem a sensação de pequenas criaturas vivas, que observam o mundo que as rodeia: o espectador e a instalação.

O objetivo é levar o publico a adaptar um novo olhar sobre o mundo que os rodeia Todos são artistas em seu espaço e podem apresentar um conjunto de obras que vai desde símbolos, elementos estáticos ou interativos. Aplicações interativas ao dispor dos que transitam no espaço físico permitem uma interação entre o espaço transmitido e o criado.

Intervenção: Palavras peladas, almas penadas

O corpo se apresenta ao conhecimento como imanência intransponível, incontornável, para os mais otimistas, objeto a ser corrigido. Mas, qual o diagnóstico do conhecimento quando se toma como perspectiva o corpo? A que se reduz o pensamento quando ele é submetido ao crivo da alcova?

A instalação proposta pretende dar uma significação a esta incômoda questão, recusando, tanto a transparência da palavra - através da qual o conhecimento se manifesta - quanto o sentimento de culpa que acompanha toda e qualquer idéia de pureza e perfeição.

Nada melhor para tratar de tais interrogações que adotar um espaço que anuncie a perspectiva de observação do problema: o banheiro. O banheiro, aqui, quer traduzir, nos limites do possível, o espaço da 'filosofia na alcova'. Lugar de visceralidade, de entranhas, lugar do que deve ser escondido, do rejeitado, do sujo, do subterrâneo e é para este lugar que convidamos o pensamento a se aventurar.

Intervenção: Teoria na alcova: corpos celebrados

O corpo sofreu e, ainda, sofre as interdições de ordem moral. Sade mergulhou nos mistérios do corpo, tomando-o como campo de exploração, veículo produtor de conhecimento e, através das palavras, ele nos deleita e apresenta as inúmeras possibilidades que tal campo oferece, trazendo ao leitor um universo único e ao mesmo tempo plural, onde o desprender-se do vício do julgamento e o estranhamento perante a generosidade da vida – amarras morais, cerceadoras da liberdade – são essenciais para a reflexão da imanência sadeana.

Sade conduz para a união de dualidades – corpo/mente, essência/aparência, teoria e prática. Formula, por meio de suas obras, o conhecimento carnal produzido na alcova. Derruba paradigmas maniqueístas, unindo filosofia e corpo. Utilizando-se da linguagem escrita, expõe sua forma e seu conteúdo, maneira de expressão, instrumento que possibilita o relacionar-se com o mundo. Porém, a linguagem não alcança o corpo, feito de carne e instintos. Sade ao descobrir o corpo não "devolveu seu cobertor", nos abrindo para a liberdade, nus e crus para nos expressarmos um no outro. Dito isso, o que faremos transborda: unir a linguagem a diversos tipos de carnes.

Linguagem visual, filmografia, fotografia em busca desta união. O fotógrafo francês Donatien escutou isso numa mesa de bar da cidade. Lembrou-se de seu ilustre conterrâneo e armou sua máquina fotográfica. Registrou corpos, palavras, ou inversamente. Um dia, foi embora, para a sua ou outra terra, ou carne.

Cada corpo é único e abundante, é um "universo", contêm infindáveis, inimagináveis possibilidades, assim como cada palavra carrega inúmeras significações e sentidos. Convidamos o público a se deleitar no entrelaçar destes mundos. Só pedimos para que esta cópula não se restrinja somente ao espaço da exposição, mas, que ela seja levada, pelo espectador, para suas alcovas mais íntimas.

Intervenção: Des-Persona

A instalação "Des-Persona" surge como um desdobramento da monografia do curso de Especialização em Filosofia Moderna e Contemporânea: aspectos éticos e políticos da UEL e pretende ser uma transcriação, para a linguagem do teatro, das discussões lá desenvolvidas no âmbito da filosofia. A instalação colocará em cena o tema da crise da identidade e o problema da especificidade das linguagens. Para isso, tomará como direcionador a projeção de seleções de imagens do filme "Persona" do cineasta sueco Ingmar Bergman, e de passagens de obras do filósofo Friedrich Nietzsche, associado a uma disposição cênica e sonora, que pretende criar uma mistura de linguagens. Propõe-se com isso uma transcriação em que tais linguagens próprias da filosofia e do cinema serão mescladas e transmutadas numa apresentação teatral. O que se buscará mostrar é que enquanto na tragédia grega, por exemplo, a crise normalmente conduz o personagem à morte, nesta trascriação será representado que a crise da identidade no mundo contemporâneo leva a personagem a um colapso que se afigura a uma destruição da identidade

Intervenção: Varal de Zines

Às histórias narradas,

Há maneiras de narrar.

O que quem narra, narra?

O que quem conta, conta?

O que contar?

Contar o quê?

O que conta?

Às maneiras de narrar uma história,

Há maneiras de narrar uma história.

Como narrar o que se narra?

Como contar o que se conta?

Como contar?

Contar como?

Como conta?

A instalação/oficina varal de zines tem a intenção de proporcionar aos transeuntes dos corredores do CCH a possibilidade de criar/contar uma história. Portanto, disponibiliza material gráfico, tinta, lápis, papel e tesoura para os que quiserem criar suas versões narrativas e/ou estéticas sobre o passado.

A opção por esse formato se deve ao seu caráter instigador/criativo. Ao percorrer um varal de zines e se deparar com sua matéria-prima, os transeuntes poderão, por meio da bricolagem de textos e de imagens, fazer uma montagem e publicar histórias suas.

Intervenção: Subjetividade e Singularidade: fragmentos filosóficos e poéticos

Desde o renascimento, o homem com seus engenhos, passou a ser considerado uma medida segura para se julgar e conhecer, ao mundo e a si próprio. Não apenas a filosofia, também as artes, particularmente a poesia, concebeu-o dessa maneira. Embora com exceções, o emblemático "penso, logo existo" de Descartes, tornou-se o mote para definir os poderes do homem. Do pensamento derivava a certeza a partir de uma evidência incontornável: eu penso, existo enquanto pensamento, e daí decorrem todas as outras certezas.

Progressivamente, tal paradigma, conhecido como "paradigma da subjetividade", começou a ser problematizado pois a forma pura da subjetividade ou as operações formais da razão conduziram a um beco sem saída: o cão tentando morder a própria cauda causa vertigem e provoca riso.

Desde, pelo menos, o século XIX, abandonou-se a tentativa de definir um eu puro, um sujeito fundante, passando-se gradativamente a tematizar a singularidade. A pergunta, então, que a filosofia e a poesia formularam passou a ser: que multiplicidades são essas que me constituem e que me singularizam frente ao mundo? Que arranjos precários me constituem e permitem dizer, como Rimbaud: "Eu é um outro"?

A apresentação consistirá na leitura e comentário de fragmentos de textos filosóficos e poéticos que ilustrarão o movimento que vai da subjetividade à singularidade, com o que se buscará evidenciar o fundo de crise contido naquela transformação. Somente se torna singular quem habita a crise como modo próprio de ser do humano.